Cena musical e cultural explodindo nos EUA e no mundo, o movimento hippie está no auge, as drogas, o sexo, o rock n´roll, eis que surge Jim Morrison, Ray Manzarek, Robby Krieger e John Densmore com uma das melhores (na minha opinião) bandas de rock de todos os tempos, The Doors, lançando o seu primeiro disco homônimo.
-Lançado em 4 de Janeiro de 1967
-Gravado entre 24 e 31 de Agosto de 1966
-Gravadoras: Elektra Records & Asylum Records
-Produtor: Paul A. Rothchild
-Genêro: Rock Psicodélico
Membros:
Jim Morrison - Vocal
Robby Krieger - Guitarra
Ray Manzarek - Teclado
John Densmore - Bateria
Faixas:
1-Break On Through (To The Other Side)
2-Soul Kitchen
3-The Crystal Ship
4-Twentieth Century Fox
5-Alabama Song (Whisky Bar)
6-Light My Fire
7-Back Door Man
8-I Looked At You
9-End Of The Night
10-Take It As It Come
11-The End
Download Discografia
Créditos: Lágrima Psicodélica (http://lagrimapsicodelica.blogspot.com/)
Review:
O disco já começa bem demais, Break On Through (To The Other Side), essa música mostra bem o espírito do Doors, solo de teclado, pirações do Morrison, riff legal de guitarra e ritmo grudento de bateria, não tem nem muito o que falar, um dos melhores hits do Doors. Agora vamos para a segunda faixa, se imagine num bar com uma garrafa de whisky pela metade, um cigarro acesso e o bar lotado de gente, é mais ou menos isso que a música Soul Kitchen nos faz sentir, talvez a "cozinha da alma" para Jim Morrison seja um bar lotado e uma garrafa de whisky, lá onde ele processa todas as idéias, bom, a música é excelente, mostra bem o lado "blues" do The Doors, vocal bem melodioso, agora acalmando mais ainda vamos para The Crystal Chip, a música passa um sentimento de sonolência, nem isso, um sentimento de leveza, de claridade, uma viagem bem alegre, como se navegassemos num Barco de Cristal, e essa música nos mostra o por que do Doors ser classificado como Rock Psicodélico, alias, a explicação do nome The Doors é muito boa, um filósofo chamado Aldous Huxley escreveu um livro sobre suas experiências com alucinógenos, o livro se chamava As Portas da Percepção (em inglês "The Doors of Perception"), logo Jim Morrison e Ray Manzarek concordaram definitivamente com o nome The Doors, onde a música deles seriam as portas da percepção, que abririam a sua mente :D. Continuando, a próxima música Twentieth Century Fox é muito boa, pegada blueseira volta, o que deixa o disco menos pacato, agora vem Alabama Song (Whisky Bar), é, realmente Morrison adorava whisky, não só o whsiky, essa música tem uma melodia que me lembra "música de circo", o que chega até ser engraçado, se você não prestar atenção na letra, que é bem mórbida e mostra o lado auto destrutivo de Jim Morrison, será que Jim tem uma alma de Pierrot? Agora, enquanto o disco não poderia estar melhor, que tal você pensar em uma mulher (ou homem, para as meninas né?) maravilhosa e mentalizar, que música ia ser boa para aqueles finalmentes, então, a música é essa Light My Fire, realmente Morrison sabia como lidar com as mulheres, na sua época era um dos maiores pegadores do rock, a música é simplesmente genial, aquela melodia no teclado é sensacional, solos psicodélicos e vocais melódicos com letra levemente mórbida, o fascínio pela morte por parte de Jim, sempre foi grande. Agora vem Back Door Man, começando com os maravilhosos e profundos berros de Jim Morrison, um puta de um blues legal, música viciante, teclado marcante, uma música que contém praticamente todas as características básicas de um clássico do Doors, não tem muito o que falar, uma das melhores do album. Agora uma música romântica, I Looked At You, acho que o teclado é o instrumento que mais se destaca no Doors, Ray Manzarek é um excelente tecladista, sem contar que ele foi responsável por grande parte das melodias das músicas do Doors, digo isso neste momento da review pois, o teclado desta é sensacional! Continuando, agora vem a End of The Night uma música que realmente nos passa o sentimento de um final de noite de qualquer pessoa que tenha o estilo de vida de Jim, o final da noite para um boêmio é triste, tão calmo e pacato, assim como a melodia desta música, que mistura calmaria e psicodelia de um jeito magníficio, realmente impressionante como vemos o reflexo da personalidade de Morrison nas músicas do Doors. Agora estamos na reta final do album, Take It As It Comes, bom, achei que essa foi a música que menos se destacou, porém, não é de todo ruim, com um refrão com influência latina o estilo Doors continua, vocal melódico de Jim, teclados legais de Manzarek e toda psicodelia da guitarra de Krieger, música legal, mas não a melhor do album. Bom, agora a última e triste música The End, bem a calhar :D, então, essa música só não é a que eu considero a melhor do album, mas uma das melhores da carreira inteira do Doors, aqui você vê tudo que tem de bom em uma música deles, sem contar que podemos ver todos os 4 membros da banda fazendo suas respectivas partes de forma maravilhosa, uma percussão muito bem colocada por Densmore, uma guitarra completamente psicodélica muito bem trabalhada de Krieger, os maravilhosos arranjos de teclado de Manzarek e os vocais mais profundos e sentimentais que vem do fundo do coração de Jim Morrison (eu sei, eu sei, parece exagero, mas não é), considero o auge do climax dessa música quando começa os barulhos de floresta, antes de Morrison cantar a parte do Conto de Édipo, que conta a história de um homem que por fim acaba matando seu pai e casando com sua mãe, onde Jim diz gentilmente que ele quer fuder a mãe dele e matar o pai dele, hoje em dia isso pode não parecer nada demais, mas pense que aqui estamos em 1967 em um mundo conservador e tradicional, Jim Morrison não revolucionou apenas na música com o Doors, mas também na cultura, nos nossos jeitos de vida e principalmente em nossa "liberdade". Bom ficamos por aqui com meu primeiro review, espero que todos gostem! Até mais!
Obs: Os downloads fornecidos aqui no The Best Of The Era são apenas com intuito de divulgação! Gostou? Compre!
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